A história de Pedro e Inês é uma das mais famosas histórias de amor de Portugal, envolta em tragédia e paixão, que remonta ao século XIV.
Pedro, era o herdeiro do trono de Portugal, filho do Rei D. Afonso IV. Inês de Castro, era uma dama de companhia da sua esposa, D. Constança.
Quando Pedro e Inês se conheceram, apaixonaram-se e o seu relacionamento foi um escândalo na corte portuguesa. A relação entre Pedro e Inês era proibida, uma vez que Inês era de origem galega, e a nobreza portuguesa viu com maus olhos o seu envolvimento com o herdeiro do trono. No entanto, Pedro decidiu casar secretamente na igreja de São Vicente, em Bragança, como forma de legitimar os quatro filhos em comum. A data exata do casamento não é conhecida, mas o documento da Torre do Tombo, datado de 18 de junho de 1360, é o juramento de D. Pedro I sobre esse matrimónio celebrado em Bragança.
D. Afonso IV, cedendo à pressão da nobreza, ordenou o assassinato de Inês de Castro em 1355, temendo que ela pudesse interferir na sucessão ao trono.
Quando D. Pedro ascendeu ao trono como Pedro I de Portugal em 1357, vingou a morte da sua amada, perseguindo e punindo brutalmente aqueles que a haviam assassinado. Reza a lenda que D. Pedro coroou Inês de Castro após a sua morte. Mandou exumar o corpo da sua amada e conduzi-la até ao palácio real. Inês foi colocada num trono e coroada como rainha de Portugal. Pedro obrigou todos os nobres presentes a beijar a mão descarnada da amada, demonstrando assim o seu amor eterno por ela e desafiando a nobreza que havia conspirado contra o seu amor.
Alberto Péssimo, inspirado pela história do casamento secreto de Pedro e Inês, na igreja de S, Vicente em Bragança, pintou um painel de azulejos que hoje se encontra numa das suas fachadas.