Ao longo de vários anos, as histórias constantes deste volume, em número de sete, foram editadas individualmente na Letras e Coisas. Para que os leitores possam ter acesso a todas ao mesmo tempo, decidimos juntá-las num volume só, com gravuras de Alberto Péssimo. Foi a oportunidade de reunir, desta forma, dois artistas de eleição: Luandino Vieira e Alberto Péssimo.
Autores
Luandino Vieira nasceu em Portugal, mas logo em criança foi para Angola. Desde cedo envolveu-se em movimentos de oposição à situação colonial. Foi preso em 1959, sendo depois libertado e novamente preso em 1961, condenado a 14 anos de prisão, tendo passado mais de oito anos no campo do Tarrafal. Em 1965 viu o seu livro Luuanda premiado pela Sociedade Portuguesa de Escritores, o que valeu o encerramento da associação e a prisão do júri. Em
1972, veio para Lisboa em regime de residência vigiada. Tornou-se cidadão angolano após a independência de Angola. Foi nomeado para diversos cargos, assumindo um papel importante no meio cultural angolano, como criador e como secretário-geral da União de Escritores Angolanos.
O seu trabalho literário marca profundamente a literatura angolana e as literaturas africanas de língua portuguesa.
Alberto Péssimo, nasceu na Ilha de Moçambique em 1953 onde viveu até aos 8 anos. Em 1961, veio para Portugal tendo vivido na Benfeita, Arganil, antes de se estabelecer no Porto. Formou-se em artes plásticas na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Desde 1977 que expõe regularmente a título individual e coletivo. Foi professor no Colégio dos Órfãos do Porto, e na Árvore – Cooperativa Artística. Orientou diversos cursos de teatro de bonecos e construção de máscaras. Em 1984, ganhou o prémio de escultura e o prémio de presença na primeira exposição de artes plásticas da C. M. do Porto. Trabalhou como cenógrafo na televisão e no teatro.
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